segunda-feira, 31 de maio de 2010

Pit stop

Amigos e familiares, estamos sem sinal de internet na nossa nova residência, para onde nos mudamos no sábado (29). Infelizmente não poderemos atualizar com a frequência desejada essa blog. No momento estamos conectados via McDonalds, especialmente para dar um recado a respeito desse problema. De qualquer forma, informaremos tudo sobre a nossa viagem mesmo após a chegada no Brasil. Abraços a todos!

sexta-feira, 28 de maio de 2010

O caminho para Andorra



Aproveitando que estávamos próximos a Andorra, resolvemos chegar até a capital do pequeno país, cujo caminho é montanhoso e revela belas paisagens no trajeto. No caminho bateu a fome, e fizemos então um gostoso pique-nique à beira da estrada. Rolou muita brincadeira, rimos à vontade e depois seguimos adiante.
Andorra é um pequeno país europeu localizado num enclave nos Pireneus entre o nordeste da Espanha e o sudoeste da França. Antes isolado, o principado é hoje um país próspero principalmente devido ao crescimento do turismo e por seu status de paraíso fiscal. Atualmente, a população andorrana está listada como tendo a maior expectativa de vida do mundo, com média de 83,52 anos (2007).
O principado é o único país do mundo cuja única língua oficial é o catalão[8], embora represente apenas 0,22% do total de catalanófonos da Europa. No seu território também são falados o castelhano, o português e o francês, nesta ordem de números de falantes. Andorra também o sexto menor país da Europa, maior apenas que Malta, Liechtenstein, São Marinho, Mônaco e Vaticano.
Foi um passeio muito interessante, no qual tivemos facilidade em encontrar pessoas falando nosso idioma, o que facilitou a efetuação de compras...

quarta-feira, 26 de maio de 2010

O Canal do Midi

Estávamos retornando para nossa casa após mais um passeio nas imediacões de Carcassone, quando resolvemos passar pela cidade de Castelnaudry. Esta cidade, conhecida pelo seu prato mais famoso (o cassoulet) é cortada pelo Canal do Midi. Servindo como a ligação natural de comunicação entre o Mediterrâneo e o Atlântico, o canal do Midi, também chamado de Canal dos dois Mares, com 240 km de extensão, possui 64 eclusas, 55 aquedutos, 7 pontes-canal e 126 pontes em arco. É uma obra magnífica, tombada como Patrimônio Mundial da UNESCO e que permite descobrir os vinhedos e as pequenas cidades do Midi.
Coincidentemente, quando estávamos às margens do canal, um barco veio em nossa direção e nos ofereceu a oportunidade de acompanhar, na prática, o funcionamento de uma das eclusas dessa via fluvial. Foi um momento ímpar, pois nunca tínhamos visto antes o que já se sabia por outros meios, mas ao vivo a impressão é sempre melhor.

terça-feira, 25 de maio de 2010

A gastronomia dos bistrôs parisienses



Uma das melhores opções para se conhecer bem o espírito da França é fazer uma viagem gastronômica pelas diferentes regiões do país. Cada cidadezinha do interior francês, por menor que seja, tem a sua cozinha e o seu vinho particulares.
Embora pareça ser excêntrica e cara, essa viagem pode ser barata e ensinar muito da genuína cultura francesa. Uma refeição para os franceses não é apenas alimento, é um ritual em si, um acontecimento especial, o melhor momento do dia, que pode durar várias horas ou mesmo uma noite inteira. As refeições são sempre acompanhadas por vinho, mesmo em almoços no refeitório do trabalho. Até as crianças aprendem a tomar vinho cedo.
É na mesa que os franceses passam as horas mais agradáveis das suas vidas. Aniversários, casamentos, formaturas, datas especiais são sempre comemoradas em jantares, seja por jovens ou pelos mais velhos. No nosso caso, os quase três dias que passamos em Paris tiveram como pontos importantes a visita a alguns bistrôs da cidade, recomendados por revistas e sites especializados. Abaixo, alguns pratos que degustamos e que são inesquecíveis, tanto na aparência como no paladar. Sempre, é lógico, as conversas e papos informais dos amigos aumentam ainda mais o prazer de comer.

Carcassone



Esta cidade medieval está situada no sul da França, nos Pirineus franceses, próxima à fronteira com a Espanha, entre as cidades de Montpellier, Toulouse e Perpignan. Está localizada em uma colina, ao lado da estrada que une o Atlântico ao Mediterrâneo, a uns 60 km do último, e é banhada pelo rio Aude. Carcassonne foi restaurada na segunda metade do século XIX e se encontra em excelente estado de conservação. A cidade é bem pequena, com cerca de 45 mil habitantes, mas se encontra cheia de turistas durante todo o ano. A vila fortificada de Carcassonne, chamada de ‘’La cité’’, foi declarada patrimônio da humanidade pela UNESCO, no ano de 1997, e todos os anos milhões de turistas lotam suas ruas para admirar suas colossais fortalezas. A parte antiga da cidade é um lugar de grande atração não só a nível francês, mas com alcance europeu devido ao ótimo estado de conservação do monumento. Devido ao forte turismo a maior parte do interior das muralhas foi convertido em comércio, como restaurantes, bares, lojas de suvenir, hotéis e outros. A melhor maneira de conhecer a cidade é caminhando, já que a La Cité se encontra bem perto da parte nova da cidade (do outro lado do rio), e a parte interior das muralhas é pequena. Carcassonne é um dos lugares mais interessantes do sul da França, é praticamente voltar à idade média e reviver o passado. Neste lugar interessante e histórico, encontramos nossos amigos José e Denise, que durante alguns anos participou de nossas degustaçoes de vinho no Salut au Vin, em Blumenau. Eles estão passeando pela Europa em moto home e coincidentemente estão próximos a Carcassone, por isso marcamos encontro com eles. Estamos tendo muita sorte com o tempo, que está maravilhoso, com muito sol, céu limpo e temperaturas agradabilíssimas. À noite, a lua está se aproximando da fase cheia.

domingo, 23 de maio de 2010

Les Homs

Logo que chegamos a Toulouse, após viagem tranquila que durou 01h20min num voo da Air France, alugamos um carro e fomos até a cidade de Fanjeaux, e lá numa vila tranquila, com o nome que dá título a este post, encontramos nossa residência que nos abrigará durante uma semana. A surpresa foi ótima para todos, pois fomos muito bem recebidos pela Else e Alex, os simpáticos e gentis proprietários; a casa tem todo o conforto e impressionou pelas dependências e bom gosto da decoracão. Todos estávamos cansados, depois de muitos passeios e mais a viagem, os últimos chegarando em outro voo por volta das 23 horas. Mas todos nós nos alegramos em estarmos juntos, alegres, curtindo uma amizade que cresce dia a dia. Abaixo, algumas fotos da casa onde permaneceremos nos próximos dias. Nossos familiares e amigos podem ficar muito tranquilos, pois estamos muito bem instalados...

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Segundo dia em Paris


Foi mais um dia de passeios pela cidade, e desta vez aproveitamos para ver os principais marcos turísticos da cidade: Torre Eiffel, Arco do Triunfo, Igrejas Sacré-Couer e Notre Dame, e outros monumentos famosos, dos quais falaremos mais adiante. Mais uma vez degustamos boa comida e bons vinhos em dois bistrôs recomendados, o que foi sem dúvida uma delícia... Amanhã é o dia em que todos nos encontraremos no aeroporto de Orly e o grupo estará finalmente reunido para continuar nosso roteiro no sul da França. Mas Paris já deixa saudades, e todos já pensam em voltar no futuro, já que a experiência dessa aventura turística está sendo maravilhosa.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Paris aos nossos pés


É óbvio que não temos esse poder de fazer Paris cair aos nossos pés, mas o trocadilho é válido porque no primeiro dia de passeio nesta cidade, fizemos vários quilômetros pelo centro histórico sem usar outros meios de transporte que não fossem as nossas pernas. Caminhamos muito mesmo, e esse é um jeito muito interessante de conhecer mais detalhadamente essa cidade maravilhosa. Fizemos uma viagem sem intercorrências até aqui, apenas alguma turbulência no voo entre São Paulo e Paris, num voo da Air France em que vieram Fernando e Alda, Alfredo e Jussaná. Mas tudo correu normalmente, e pontualmente ãs 08:20 horas (horário local, 5 horas de diferença no fuso horário) aterrissamos no aeroporto Charles de Gaulle. Imediatamente fomos ao hotel e poucas horas depois Gerd e Lou, que vieram por trem da Alemanha, também nos encontraram no mesmo hotel. E logo iniciamos os passeios, dos quais falaremos mais adiante. Enquanto isso, Marco e Marcy já estão fazendo um outro passeio em outra região da França, e logo chegarão também o Paulo e Luzete. No sábado todos estaremos reunidos no aeroporto de Orly, quando zarparemos para Toulouse.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Champanhe para 10, por favor!


A três dias de colocarmos os pés na França, vem-nos à lembrança a bebida mais tradicional desse país, e que com certeza teremos o prazer de degustar com atenção toda especial, aguçando todos os sentidos possíveis...
Originário da região francesa de Champagne, ele era um vinho "tranquilo". Fermentação em garrafa transformou-o em espumante explosivo e turvo. Há apenas 150 anos, o champanhe se tornou uma cristalina bebida de luxo.
O que seria do Réveillon sem o jorro de vinho espumante sincronizado com o primeiro segundo do ano novo? E que líquido banha, no pódio, o vencedor de uma corrida automobilística? Ou com que se batiza cada novo navio?
Só que um espumante não é igual ao outro. E o mais nobre e famoso é, sem dúvida, aquele que leva o nome da região francesa onde é fabricado: o champanhe – um nome que até nossos dias é sinônimo de luxo e prazer.
Champagne é uma das menores regiões vinícolas da França, com apenas 33 mil hectares, e extremamente parcelada, entre 15 mil proprietários. Nela se produzem cerca de 5 mil marcas, das quais apenas poucas são conhecidas no mundo – especificamente, as que dispõem de um enorme orçamento para publicidade. Das grandes casas produtoras de vinho, só algumas ainda são propriedade familiar. Por outro lado, como o emprego de máquinas é proibido em Champagne, todas as uvas são colhidas a mão.
Como será que esse espumante produzido exclusivamente em Champagne conquistou a fama que tem? Na forma como o conhecemos – isto é, sem ser turvado por partículas de levedura e sem que, de cada duas garrafas, uma exploda – o champanhe não existe há muito mais de 150 anos.
Uma coisa já se pode antecipar: ao contrário do que afirmam certos gênios da propaganda, o célebre monge beneditino Dom Pérignon não foi o inventor da nobre bebida – embora tenha feito bastante pelo seu desenvolvimento. Na opinião da guia turística Aline Milley: "Dom Pérignon é um mito. O champanhe não tem, realmente, uma origem, nem inventores. O champanhe se inventou a si mesmo".
A história do champanhe começa com a conquista da Gália pelos romanos. Eles levaram o vinho para Champagne e, como subproduto da construção das cidades, foram criadas as primeiras grandes adegas. Como explica Jean-Pierre Redon, da casa Taittinger:
"No século 4º, para construir esta cidade (Reims), capital da província da Bélgica, chamada Durocortorum, necessitava-se de pedras. E essas se encontravam no subsolo, pois aqui toda a região é constituída de giz."
Foi em meados do século 13, ou seja, 700 anos após os romanos terem esburacado Reims como um queijo suíço, que os monges beneditinos tiveram a ideia de utilizar as grutas resultantes como cavas, para melhor envelhecer o vinho. Para facilitar o acesso, fizeram portas e cavaram passagens entre as adegas.
Nos séculos 16 e 17, o vinho de Champagne era conhecido na corte francesa por sua qualidade, embora ainda não fosse efervescente. Aqui entra em cena Dom Pérignon, mestre de adega da abadia de Hautvillers a partir de 1668.
Ele foi o primeiro a empregar a técnica de assemblage, misturando diferentes tipos de vinho. E descobriu que era possível fabricar vinho branco a partir de uvas pretas, se as cascas fossem retiradas rápido o suficiente.
Porém, o champanhe ainda não "fazia bolinhas".
Devido à situação geográfica de Champagne, ao norte do país, o tempo esfria muito rápido no outono. Isso pode interromper a fermentação do mosto, antes que todo o açúcar se transforme em álcool. Na primavera, quando a temperatura sobe novamente, o processo é retomado e o dióxido de carbono resultante torna o vinho espumante.
Esse fato não chamou atenção até o século 18, pois o vinho fermentava em barris e o gás escapava. Mas em 1728, Luís 15 permitiu o transporte da bebida em garrafas. Foi então que o alto teor gasoso do champanhe se tornou perceptível, fazendo explodir as garrafas.
Isso passou a ter consequências avassaladoras para os vinicultores, que até meados do século seguinte chegaram a perder 50% de sua produção. Entretanto, os ingleses, que já apreciavam o vinho champanhês "tranquilo", se lançaram avidamente sobre a novidade vinda da França.
O próximo passo decisivo nessa evolução coube à Madame Barbe-Nicole Cliquot Ponsardin, uma negociante de visão. Seu mestre adegueiro, o alemão Anton von Müller, criou em 1813 um método para livrar o líquido do levedo. Para tal, desenvolveu os pupitres de remuage, onde as garrafas são mantidas com o gargalo para baixo e deslocadas a intervalos regulares.
E assim o champanhe se tornou a bebida cristalina e frisante que hoje conhecemos. E também um campeão de vendas. Enquanto em 1785 se vendiam centenas de milhares de garrafas, o volume de venda registrado em 1845 já era de 6,5 milhões.
Hoje o consumo é um múltiplo dessa cifra, sobretudo no fim do ano. A produção total de champanhe no ano passado foi de 300 milhões de garrafas. Segundo Redon, 65% das garrafas produzidas em um ano são abertas entre o Natal e o Ano Novo.
Agora não é Natal nem Ano Novo, mas certamente abriremos algumas garrafas desse precioso líquido nessa primavera européia...

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Eyjafjallajökull, nossa única preocupação


Como diz Amyr Klink, "aventureiro é aquele que vai fazer uma viagem sem saber se vai voltar". Nós, como ele, não somos aventureiros e por isso estamos nos preparando da melhor forma para ir e voltar. Mas tem algumas coisas imprevisíveis, totalmente não-programáveis e intangíveis, que podem dificultar um projeto de viagem, tal como o vulcão da Islândia, país que está localizado no norte do Oceano Atlântico e geologicamente é considerada uma ilha bastante nova e ainda em formação.
Localizado no sul da Islândia, o glaciar Eyjafjallajökull (pronuncia-se "Eia fiatlai ohut") é um estratovulcão de 1660 metros de altitude e a última vez que entrou em erupção foi no ano de 1821 e manteve-se altamente ativo até 1823, após duas erupções ocorridas em 920 e 1612. A explosão de março de 2010 forçou a evacuação de 500 pessoas da região, mas foi a erupção de 14 de abril - 20 vezes mais poderosa - que causou o blecaute aéreo em todo o norte da Europa, ao lançar sobre o continente milhões de toneladas de poeira que ameaça se propagar por todo o continente. Impulsionada pelos ventos vindos de noroeste, a grande pluma de cinzas atingiu o continente europeu no dia 15 de abril, causando o colapso aéreo amplamente noticiado pela imprensa e forçando a suspensão de mais de 70 mil voos até 19 de abril. Após o episódio da erupção do Eyjafjallajökull, vulcanólogos acreditam que a descompressão do gelo causada pelo derretimento de grandes massas, além de outros fatores, pode acelerar processos eruptivos em outros vulcões da região. Um desses vulcões é o Katla, o maior vulcão da Islândia e localizado sobre a fissura vulcânica de Laki, próxima ao Eyjafjallajökull.
No entender de alguns pesquisadores, uma erupção nesse sistema poderia provocar uma nuvem de cinzas dez vezes maior que a atual, com consequências imprevisíveis.
Que os vulcões islandeses se mantenham calmos durante nossa estada na Europa, para podermos ir e voltar sem contratempos...

domingo, 9 de maio de 2010

Faltam poucos dias


Continuam as reuniões preparatórias para nossa viagem ao sul da França, situação que é uma imensa curtição. Quem costuma viajar sabe muito bem o que é isso. Os planejamentos, as preocupações, as dúvidas, os locais a serem visitados, o que levar, o que não levar, o que não pode ser esquecido, documentos (passaporte, carteira internacional de habilitação), mapas e mais mapas, guias turísticos, etc. E como é bom quando isso é feito em torno de uma mesa, cercada de amigos falando a mesma "linguagem" e degustando um bom vinho! Foi o que aconteceu no final do mes passado na residência de Fernando e Alda, e sexta-feira (07 de maio) na residência de Alfredo e Jussaná. Nesta última reunião estiveram presentes apenas esses dois casais, que viajarão juntos no mesmo voo para Paris.
Entramos em detalhes sobre a programação dos passeios, locais de visitação, alguns bistrôs e pontos turísticos a serem procurados, e a conversa rolou noite a dentro naquele clima típico de pré-viagem...
Somente um assunto está nos deixando um pouco preocupados, que é a situação do vulcão na Islândia, que voltou a cuspir fumaça... Estamos torcendo para que ele não atrapalhe nossa programação.
Gerd e Lou já estão na Europa, os demais viajarão com poucos dias de diferença, encontrando-se todos no Aeroporto Charles de Gaule no dia 22 de maio.