sexta-feira, 14 de maio de 2010

Eyjafjallajökull, nossa única preocupação


Como diz Amyr Klink, "aventureiro é aquele que vai fazer uma viagem sem saber se vai voltar". Nós, como ele, não somos aventureiros e por isso estamos nos preparando da melhor forma para ir e voltar. Mas tem algumas coisas imprevisíveis, totalmente não-programáveis e intangíveis, que podem dificultar um projeto de viagem, tal como o vulcão da Islândia, país que está localizado no norte do Oceano Atlântico e geologicamente é considerada uma ilha bastante nova e ainda em formação.
Localizado no sul da Islândia, o glaciar Eyjafjallajökull (pronuncia-se "Eia fiatlai ohut") é um estratovulcão de 1660 metros de altitude e a última vez que entrou em erupção foi no ano de 1821 e manteve-se altamente ativo até 1823, após duas erupções ocorridas em 920 e 1612. A explosão de março de 2010 forçou a evacuação de 500 pessoas da região, mas foi a erupção de 14 de abril - 20 vezes mais poderosa - que causou o blecaute aéreo em todo o norte da Europa, ao lançar sobre o continente milhões de toneladas de poeira que ameaça se propagar por todo o continente. Impulsionada pelos ventos vindos de noroeste, a grande pluma de cinzas atingiu o continente europeu no dia 15 de abril, causando o colapso aéreo amplamente noticiado pela imprensa e forçando a suspensão de mais de 70 mil voos até 19 de abril. Após o episódio da erupção do Eyjafjallajökull, vulcanólogos acreditam que a descompressão do gelo causada pelo derretimento de grandes massas, além de outros fatores, pode acelerar processos eruptivos em outros vulcões da região. Um desses vulcões é o Katla, o maior vulcão da Islândia e localizado sobre a fissura vulcânica de Laki, próxima ao Eyjafjallajökull.
No entender de alguns pesquisadores, uma erupção nesse sistema poderia provocar uma nuvem de cinzas dez vezes maior que a atual, com consequências imprevisíveis.
Que os vulcões islandeses se mantenham calmos durante nossa estada na Europa, para podermos ir e voltar sem contratempos...